Achei legal essas dicas... Aí vão algumas, bem comuns na escrita de cada dia...
- Existe Raio X?
Não. O que o mundo conhece é outra coisa: raios X. Há, todavia, muito médico por este Brasil afora que afixa uma enorme placa à frente do consultório: RAIO X. São confiáveis?
- Podemos dizer que a Nicarágua tem uma presidenta?
Sem dúvida. Existem quatro nomes que podem variar ou não, em gênero:presidente, governante, hóspede e parente. Sendo assim, tanto faz usarmos a presidente quanto a presidenta; a governante quanto a governanta; a hóspede quanto a hóspeda;a parente quanto a parenta.
- Mulher, quando agradece, diz obrigado?
Não. Mulher, quando agradece, deve dizer obrigada, embora muitas digam apenas brigado, cometendo dois erros de uma só vez. É muita economia.
A pessoa a quem se agradece deve responder por nada, e não de nada. Alguns se limitam a responder nada.
Muitos, ainda, em vez de por nada, respondem: obrigado(a) você, que não significa absolutamente coisa nenhuma. Não quer dizer por nada?
Diga,então,obrigado(a),digo eu. A língua e o bom-senso agradecem...
- Posso ficar de bruço?
Não, prefira ficar sempre de bruços, que não terá cãibras...
- Eu 'se' perdi inteiramente...
Eu combinando com se?! Onde? Em que língua?
Eu combina com me, assim como nós combina com nos;
Eu me perdi inteiramente;
Nós nos perdemos inteiramente. ( E não: Nós se perdemos inteiramente)
Dias desses, ouvimos de um político: "Nós se preocupamos muito com o futuro do Brasil". Estamos vendo...
Pela televisão, declara uma futura mãe: "Se umd ia eu tivesse um filho gay ou uma filha sapatão, eu se matava." E agora? :O
Não. Seu filho é menor, ou seja, é menor de idade.
O meu, todavia, é maior, maior de idade. Quem diz "de menor", "de maior", não fala como gente grande. Nem como gente que entende.
- Hoje, muita gente diz: "A gente fomos", "a gente vamos". É correto isso?
Na Idade da Pedra, poderia até ser. Hoje, não: a gente pede verbo na terceira pessoa do singular, obrigatoriamente (a gente foi, a gente tem, a gente viu, a gente irá, etc.). Quem usa "a gente fomos, a gente temos, a gente vimos, a gente iremos", revela possuir pouca escolaridade.
Convém dizer, por outro lado, que não há nenhuma impropriedade no uso de a gente em substituição a nós ou ainda a eu. Ex.:
A gente foi lá e não encontrou ninguém.
A gente vai votar outra vez.